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Sobre a Pesca Submarina

Da Pesca Submarina em Apneia

Nomenclatura

Outrora conhecida como “Caça Submarina”, a Cobra Sub, seguindo uma tendência nacional entre os atletas de ponta e estudiosos do esporte, optou e entendeu como melhor opção para a imagem e divulgação do esporte, a substituição pelo termo “Pesca Submarina em Apneia”, entendendo que o termo “Caça” carrega um tom pejorativo, que em nada ajuda na imagem do esporte e que não condiz com as ações tomadas pelos seus praticantes, uma vez que o esporte é a maneira mais sustentável de pesca e com menor impacto comprovado de extração de recursos naturais, podendo a palavra levar a falsa impressão de que o esporte não possuí regras. Entre elas, estão aquelas que impedem a captura de diversas espécies, assim como restringem as épocas de permissão de captura (época de defeso) e seus respectivos pesos mínimos.

Entendemos também que a ausência do termo “Apneia”, poderia representar a falsa ideia de que o esporte comporta a prática de captura de qualquer espécie, com utilização de compressores ou qualquer outro meio de respiração artificial embaixo d’agua, o que é expressamente proibido pela definição do esporte e por portarias do IBAMA.

O esporte, por definição, é praticado por um mergulhador em apneia (veja mais no link Sobre o esporte (apneia)), portando de material de captura que em geral consiste de uma arbalete, arma pneumática, pole spear ou bicheiro, e outros equipamentos de segurança e de praticidade, como máscara, nadadeira, snorkel, cinto, faca, roupa de neoprene, luvas, lanterna, entre outros.

De maneira alguma, a Cobra Sub desmerece qualquer associação, federação ou confederação que continua a utilizar o termo “Caça”, entendendo que essas são as principais responsáveis pela divulgação e melhoria do esporte, assim como qualquer um que assim prefira continuar se referindo ao esporte. A mudança de nomenclatura é uma convicção interna da Cobra Sub e sua equipe, onde acreditamos ser esse mais um passo para uma abordagem mais moderna e atualizada com os anseios e pensamentos da sociedade em que vivemos, novamente reiterando todo o respeito a qualquer um que assim entenda diferente.

 

Licença

O Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços é responsável pela emissão da carteira de Pesca Amadora, através do site:  http://pndpa.mdic.gov/br/pndpa/web/pesca_amadora.php.

Fica restrito aos pescadores desportivos a captura de 10 kilos, mais um exemplar, para pescas em águas continentais e de 15kg, mais um exemplar, para pescas em águas marinhas, salvo as espécies em defeso e os tamanhos e pesos mínimos, conforme as leis vigentes.

O atleta pego sem licença pode ter o material apreendido, ser civilmente compelido a pagar uma multa e até mesmo responder por crime ambiental.

Pescadores flagrados em áreas de preservação ambiental, reservas e parques nacionais também estão sujeito a responder criminalmente pela sua atitude.

Veja um pouco mais sobre espécies em ameaça de extinção, épocas de reprodução e muito mais em ECOLOGIA.

 

Quebrando mitos

O governo da Austrália, em uma pesquisa inédita, comprovou que apenas 1% dos peixes tirados do mar provém da Pesca Subaquática em Apneia.[1] Além disso, concluíram que a Pesca Submarina em Apneia é o tipo de pesca que causa o menor impacto ambiental. Vale ressaltar que o estudo reforça que tais dados são exclusivos para a pesca em apneia.

Entre os motivos referidos para justificar o menor impacto quando comparado aos outros tipos de pescaria está a seleção de espécies, tamanho e gênero, além da maior dificuldade de pesca em locais rasos ou de alta concentração de minerais devido ao problema de visibilidade, evitando assim locais de reprodução, como mangues. Um outro ponto levantando é a questão de resíduos deixados pelos diferentes tipos de pesca, uma vez que a única poluição possível seria a pequena perda de materiais.

Uma das críticas ambientais mais comuns contra a Pesca Submarina em Apneia é justamente a questão da seleção de espécies, que poderia trazer impacto maior justamente às espécies mais cobiçadas pelos praticantes do esporte. Outro ponto seria a questão da busca pelo maior exemplar, o que geraria uma perseguição aos peixes alfas, com maior possibilidade de reprodução. Apesar disso, alguns pontos devem ser considerados.

Primeiramente, partir do pressuposto que os pescadores submarinos em geral estão aptos a pegar os maiores exemplares é desconsiderar os diversos estágios de aperfeiçoamento que cada atleta se encontra, generalizando que todos os atletas praticam performance de alto desempenho. Certamente locais de pesqueiros tradicionais sofrem o impacto de qualquer tipo de pesca, mas um importante ponto a se destacar é que o Pescador Submarino em Apneia pode realmente alterar os hábitos dos peixes daquele local, gerando atitude semelhante ao de um predador natural naquele habitat, fazendo assim àqueles peixes evitarem atitudes menos favoráveis, dificultando a visualização daqueles, o que não necessariamente significa dizer que eles não estão mais naquele local.

Um Pescador Submarino em Apneia consciente além de conhecer seus limites, deve respeitar as leis, época de defeso, limites e restrições legais.

Historicamente os Pescadores Submarinos em Apneia sempre foram guardiões dos mares, organizando mutirões de limpeza, cursos de segurança básica, e mais importante, levantando bandeiras e protegendo espécies em ameaça de extinção, como os Meros.


http://www.dpi.nsw.gov.au/fisheries/recreational/saltwater/spearfishing